II Oficina de Inclusão Digital: O grito de guerra do software livre no planalto
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II Oficina de Inclusão Digital: O grito de guerra do software livre no planalto


A correria é grande, e portanto só agora alguma coisa sobre a II Oficina chega no blog. O primeiro dia (27) não correspondeu às expectativas. Cheguei atrasado e não vi a abertura, mas a ausência dos ministros previstos (Zé Dirceu e Guido Mantega) foi um ponto a se lamentar - o evento merecia maior respaldo do primeiro escalão. Vi a apresentação do Jorge Sampaio do Instituto Florestan Fernandes, que me pareceu legal, mas sem nenhuma sinergia com o representante do Programa Fome Zero. Ou seja, plenárias do primeiro dia passaram em branco. Os grupos de trabalho foram mais interessantes.

O que despertava a atenção hoje (28)* era o atrativo especial chamado Silvio Meira (CESAR / Porto Digital) (foto) que conhece como ninguém as peripécias da arte zen de se produzir software no Brasil, e estaria frente à frente com Sérgio Amadeu, homem forte da TIC governamental, numa conversa sobre Inclusão Digital e Software Livre.

O debate ultrapassou as expectativas, deixando muito claro no entusiasmo de Amadeu que estaremos diante de diretrizes políticas de compras governamentais em TI realmente revolucionárias. É software livre (e não grátis) e ponto. Há que se destacar a lucidez e o refinamento das colocações do Sílvio sobre alguns poréns relevantes na doce visão do Brasil como eldorado do software livre, mas a arrojada empolgação do Diretor do ITI é contagiante.

A primeira palestra do dia já havia surpreendido pela presença de Nelson Simões, da RNP, que apresentou com clareza uma alternativa "à prova de futuro" de como pavimentar as vias que irão possibilitar todo e qualquer projeto de inclusão digital. A opção pela fibra ótica / rede ethernet, acrescida em flexibilidade pela possibilidade wi-fi na chamada "last mile" configura uma combinação eficiente, de baixo custo, e que estaria pronta para a demanda por novas aplicações a ser gerada nas pontas da rede. Muito interessante a ênfase do Neslon de que a rede não pode ser vista como um serviço, e sim como patrimônio a ser gerido pela comunidade usuária. Vale muito estudar a apresentação dele: Redes Comunitárias.

O Marcos Dantas do Min. das Comunicações, que debateu com o Nelson, falou de forma academica e ideologicamente interessante, mas não apresentou nada da posição do Minicom em termos de propostas de otimização de redes e acesso universal, o que seria esperado do representante ministerial. O FUST e suas indefinições alcançou consenso: merece levar um
"boot".

No público presente, boa representação do terceiro setor, das empresas e do governo, apesar da subrepresentação de alguns setores - no geral, grande evolução em relação à primeira oficina. Muito bom conhecer no concreto parceiros de conversas digitais de longo tempo. A turma do Projeto Metáfora, a quem eu já me conectava há algum tempo marcou boa presença (foto), assim como o pessoal do surpreendente Saúde e Alegria, do Sampa.org, continua...

(*) obs: Esta é a blogada de ontem, que não foi publicada porque o link da comunidade caiu por falta de pagamento (!) "Inclusão digital, quem paga a conta?" No caso, eu.

obs 2: o brother duende também está blogando sobre a Oficina lá no CTJovem.




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